Bom, hoje em dia muitas coisas estão
fáceis, né? A tecnologia muito avançada, várias redes sociais que facilitam a
comunicação, vários sites que podem influenciar jovens em seus estudos, enfim,
muita coisa mudou.
Há
alguns anos me lembro que para ter brinquedos nós mesmos tínhamos que
fabricá-los. Naquela época era muito difícil ter o que a gente queria, era
preciso força de vontade para conseguir algo bom para gente.
Eu
e as crianças do bairro sempre íamos para roça com nossos pais, ali a gente
fazia brincadeiras que inventávamos para o tempo passar rápido e a gente ia à
praça do Centro à noite colocar a conversa em dia.
O
seu Zé da Penha gostava de contar causos, sabia sobre tudo que acontecia no
bairro, adorava falar da vida alheia, sobre as novelas que passavam naquela
época. Seu Zé da Penha vivia sozinho, tinha esse apelido por ser apaixonado por
uma mulher chamada Penha.
Tinha
também a Dona Antônia, o Seu João, a Dona Máxima, a Dona Geralda, o Seu Dico,
tinha meus amigos Wallace, Milena, Roberta, Felipe, entre outros que ali
ficavam contando casos, jogando baralho, jogando truco, e eu sempre observando
como era bom ter amigos para nos descontrair.
Meu
pai, senhor Carlos, e minha mãe, Dona Ana, sempre reuniam toda a família nos
finais de semana para fazermos um grande almoço de confraternização. Eu e
alguns primos adorávamos ir a um córrego que tinha a alguns minutos da minha
casa. Lá era pura diversão, a gente usava nossa imaginação e criava histórias
de nossas mentes, fazíamos cabanas, subíamos em árvores, podíamos sair na rua à
noite sem nos preocupar, sem ter hora para chegar em casa.
No
dia seguinte, todos nós íamos juntos para escola, ficávamos conversando sobre
quem iríamos namorar, quem eram os garotos e garotas mais bonitos da escola,
sobre como estávamos indo nas provas, sobre o que íamos fazer no recreio,
dentre outros assuntos.
Ah!
Como era boa aquela época! Lembro como se fosse hoje de tudo que já vivi, desde
as brincadeiras de quando criança até o primeiro trabalho depois de adulto.
Hoje, lembrar do passado é uma enorme alegria, pois naquele tempo tudo era
diferente, tudo era melhor. Antigamente, as crianças sabiam aproveitar seu
tempo com coisas que realmente eram de criança. Agora, elas ficam presas em
casa horas e horas mexendo na internet,
vendo coisas desagradáveis que não valem a pena ver. Bobos são esses que gastam
seu tempo na internet ao invés de ler um bom livro, compartilhar momentos com
os amigos, tirar um tempo para os estudos, a família, usufruir das coisas boas
que a vida nos oferece.
Época
boa era a minha que não precisávamos viver somente de tecnologia para sermos
felizes, a gente precisava apenas de bons amigos, bons lugares e boa imaginação
para descobrir a verdadeira felicidade.
(Laiene, turma 803)