segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O mistério continua


            Na época da quaresma, quando eu era pequeno, meu pai viu um cachorro de olhos vermelhos, mas vermelhos mesmo. Esse cachorro sempre aparecia à meia-noite perto da porteira. Eu e meus irmãos ficávamos com muito medo, ele ficava uivando e não deixava a gente dormir. Papai, preocupado porque não sabia o que era o cachorro, mandou que não chegássemos perto da porteira, deitou no colchão de palha e dormiu
No dia seguinte, papai muito preocupado pediu a José Arigo para ir até a porteira à meia-noite procurar o cachorro. Então José Arigo foi até a porteira no primeiro dia procurar o cachorro, deu meia-noite e nada. Daí ele foi embora.
            No segundo dia ele voltou e nada do cachorro outra vez. José Arigo quis desistir, ele achou que tudo que o papai falou era mentira, mas resolveu ir pela terceira vez. E lá foi ele procurar o cachorro. Então bateu meia-noite e José Arigo se escondeu nas moitas esperando. Em seguida, apareceu o cachorro com seus olhos vermelhos uivando perto da porteira, rapidamente José Arigo pegou o crucifixo e mostrou para ele. Ao mostrar o crucifixo, o cachorro cruzou as patas e disse que só ia até a porteira porque havia um São Cristóvão enterrado de cabeça para baixo. O cachorro explicou para José Arigo que se ele desenterrasse o São Cristóvão de cabeça para baixo, ele ia encontrar um tesouro junto ao São Cristóvão.
            Assim, José Arigo correu para minha casa e contou tudo para papai. E eu escutando tudo fiquei muito alegre e principalmente ansioso, nem consegui dormir direito. Papai também não, ele ficou muito mais alegre e ansioso do que eu, embora nós não estivéssemos acreditando muito.
            No dia seguinte, papai e o José Arigo foram com as pás e picaretas para cavar o São Cristóvão e principalmente o tesouro. Eles cavaram um buraco enorme, então meu pai gritou “achei, achei, José Arigo! ” Os dois acharam o São Cristóvão de cabeça para baixo e uma caixa. Primeiro eles enterraram o São Cristóvão corretamente para enfim saber o que tinha dentro da caixa. Eles abriram a caixa e encontraram dentro dela uma colher de ouro e várias moedas também de ouro. Papai e José Arigo ficaram ricos, e eu muito feliz por eles.

            Depois disso, eles nunca mais viram o cachorro de olhos vermelhos. Só que um ano depois papai morreu e deixou as moedas de ouro pra gente e a colher de ouro José Arigo resolveu enterrar junto com papai. Mas o mistério de quem enterrou o São Cristóvão de cabeça para baixo continua.

(Leysse, turma 802)
            Antigamente o Pires era mais calmo, tranquilo, podíamos brincar até tarde pois não tinha perigo igual hoje em dia. Brincávamos até a noite, as brincadeiras eram tão legais! Brincávamos de pique-pega, pular corda e passa-anel, até os pais brincavam com a gente.
            Depois íamos para casa tomar banho e dormir. Bem cedo íamos à escola, um lugar calmo e bem simples. Mas eu não gostava muito pois os professores podiam dar castigos bem severos para a gente.
            Depois ia para casa, a hora que eu chegava já tinha aquele almoço me esperando. Hum, comia até bem! Após o almoço, ajudava minha mãe nas tarefas de casa que não eram poucas, viu?!!
            À tarde eu já estava mais tranquila pois era a hora que eu podia brincar com meus amigos na estradinha que tinha perto de casa, hum...lembro até hoje daquele pé de laranja, daquela brisa leve que tocava meu cabelo.
            Amava o dia que minha família se reunia para um belo almoço. Lembro da minha avó me chamando para almoçar porque já estava pronto.
            O mês de novembro me traz tantas lembranças, foi quando conheci meu primeiro namorado: um garoto simples, meigo e bonito. Lembro de um dia que estávamos abraçados, vendo a chuva cair da janela.

            O ruim é que hoje isso tudo acabou e me restaram só lembranças, lembranças que vou guardar para o resto de minha vida.

(Samira, turma 801)

Como as coisas mudam

Bom, hoje em dia muitas coisas estão fáceis, né? A tecnologia muito avançada, várias redes sociais que facilitam a comunicação, vários sites que podem influenciar jovens em seus estudos, enfim, muita coisa mudou.
            Há alguns anos me lembro que para ter brinquedos nós mesmos tínhamos que fabricá-los. Naquela época era muito difícil ter o que a gente queria, era preciso força de vontade para conseguir algo bom para gente.
            Eu e as crianças do bairro sempre íamos para roça com nossos pais, ali a gente fazia brincadeiras que inventávamos para o tempo passar rápido e a gente ia à praça do Centro à noite colocar a conversa em dia.
            O seu Zé da Penha gostava de contar causos, sabia sobre tudo que acontecia no bairro, adorava falar da vida alheia, sobre as novelas que passavam naquela época. Seu Zé da Penha vivia sozinho, tinha esse apelido por ser apaixonado por uma mulher chamada Penha.
            Tinha também a Dona Antônia, o Seu João, a Dona Máxima, a Dona Geralda, o Seu Dico, tinha meus amigos Wallace, Milena, Roberta, Felipe, entre outros que ali ficavam contando casos, jogando baralho, jogando truco, e eu sempre observando como era bom ter amigos para nos descontrair.
            Meu pai, senhor Carlos, e minha mãe, Dona Ana, sempre reuniam toda a família nos finais de semana para fazermos um grande almoço de confraternização. Eu e alguns primos adorávamos ir a um córrego que tinha a alguns minutos da minha casa. Lá era pura diversão, a gente usava nossa imaginação e criava histórias de nossas mentes, fazíamos cabanas, subíamos em árvores, podíamos sair na rua à noite sem nos preocupar, sem ter hora para chegar em casa.
            No dia seguinte, todos nós íamos juntos para escola, ficávamos conversando sobre quem iríamos namorar, quem eram os garotos e garotas mais bonitos da escola, sobre como estávamos indo nas provas, sobre o que íamos fazer no recreio, dentre outros assuntos.
            Ah! Como era boa aquela época! Lembro como se fosse hoje de tudo que já vivi, desde as brincadeiras de quando criança até o primeiro trabalho depois de adulto. Hoje, lembrar do passado é uma enorme alegria, pois naquele tempo tudo era diferente, tudo era melhor. Antigamente, as crianças sabiam aproveitar seu tempo com coisas que realmente eram de criança. Agora, elas ficam presas em casa horas e horas  mexendo na internet, vendo coisas desagradáveis que não valem a pena ver. Bobos são esses que gastam seu tempo na internet ao invés de ler um bom livro, compartilhar momentos com os amigos, tirar um tempo para os estudos, a família, usufruir das coisas boas que a vida nos oferece.

            Época boa era a minha que não precisávamos viver somente de tecnologia para sermos felizes, a gente precisava apenas de bons amigos, bons lugares e boa imaginação para descobrir a verdadeira felicidade.

(Laiene, turma 803)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A mulher do meu pai

          O livro conta a história de uma menina que não gosta da nova mulher de seu pai, ela se chama Aline. A filha tenta não se aproximar de Aline por achá-la chata, sem conhecê-la e fica julgando-a.
          Na minha opinião o livro é bom porque conta uma história do cotidiano, porque isso pode acontecer com qualquer um. Acho legal porque ela acaba conhecendo a madrasta e as duas viram amigas.
         O ponto negativo é que o livro é muito grande, para uma história que poderia ter umas 50 páginas. Mas, fora isso, o livro é bom e merece um "like".
          Eu recomendo o livro, é muito bom, você vai gostar porque pode ser até o que está passando na sua vida. Então você vai gostar do livro assim como eu gostei. Ah! A menina é a narradora do livro e ela está contando a história de sua vida.

(Ítalo Botelho, aluno da turma 803)